Gestão de processos como diferencial competitivo transforma operações mirando a eficiência e integração

Reginaldo Faria Primo
Reginaldo Faria Primo

Modelo de gestão criado por executivos conecta áreas, reduz desperdícios e garante previsibilidade nas entregas

Reduzir falhas, padronizar atividades e integrar setores: esses são os três pilares que sustentam o modelo de gestão de processos conduzido por Glauber Martiniano Bachi na Açoval Comercial Ltda. CEO da empresa desde 2010, o administrador de empresas implementou um modelo operacional com foco em eficiência e rastreabilidade, posicionando a marca como referência no fornecimento de ferragem armada para a construção civil no interior paulista.

Com cerca de 6 mil pedidos atendidos por ano e 25 colaboradores diretos, a Açoval opera hoje com uma lógica que prioriza o fluxo contínuo das atividades internas. Cada etapa da operação — do atendimento comercial à expedição — é desenhada em processos que se comunicam entre si, evitando retrabalhos, rupturas de informação e atrasos. “A gestão de processos não serve apenas para organizar. O método dá visibilidade sobre gargalos, melhora a tomada de decisão e garante qualidade na ponta”, afirma Bachi.

A mudança no modelo de gestão teve início a partir de um diagnóstico feito pelo próprio executivo, que acumulava experiência em projetos de inteligência de dados em empresas como Cyrela e Columbus IT. Com base nessa bagagem, estruturou um fluxo operacional dividido em módulos, com indicadores de desempenho específicos para cada área. “O processo é vivo. Ele precisa ser constantemente monitorado, ajustado e alinhado às metas estratégicas da empresa”, reforça.

Além do controle interno, o sistema de gestão permite maior previsibilidade para os clientes, especialmente em um setor como o da construção civil, que exige prazos rígidos e margens mínimas para erro. A organização dos processos da Açoval garante entregas programadas, redução de perdas de material e comunicação direta com os canteiros de obras. “Quando o cliente percebe que cada pedido segue um fluxo bem definido, ele entende que pode confiar. Isso fideliza e gera novas oportunidades”, completa.

A profissionalização dos fluxos internos também permitiu à Açoval reagir com agilidade diante de cenários adversos, como o aumento dos custos de matéria-prima e a volatilidade no fornecimento de insumos durante a pandemia. “A previsibilidade dos nossos processos foi o que manteve a operação funcionando mesmo quando a cadeia de suprimentos sofreu rupturas. Conseguimos antecipar compras, remanejar equipes e manter o cronograma de entregas sem comprometer os contratos”, explica o executivo. Esse controle resultou em um índice de satisfação acima de 90% entre os principais clientes no último ano, segundo levantamento interno.

A metodologia adotada por Bachi segue princípios próximos ao modelo lean, com foco em eliminar desperdícios, reduzir movimentos desnecessários e aumentar a produtividade por colaborador. Para isso, a empresa promove treinamentos internos periódicos, revisões constantes de layout de produção e automatização parcial de processos operacionais. “A cultura da melhoria contínua precisa estar presente em todos os níveis da equipe. Não se trata de grandes revoluções, mas de pequenos ajustes diários que trazem resultados consistentes”, diz.

Esse modelo de gestão também tem refletido em ganhos financeiros concretos. A margem de lucro operacional da empresa teve crescimento médio de 8% ao ano nos últimos cinco anos, impulsionada pela redução de perdas de material e pelo melhor aproveitamento da mão de obra. 

Para Bachi, esses números comprovam que a eficiência não está apenas nos custos, mas na capacidade de entregar valor ao cliente com previsibilidade e padrão. “Gestão de processos, quando bem feita, é sinônimo de competitividade. É ela que sustenta o crescimento com base sólida e prepara a empresa para escalar com segurança”, finaliza.

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