Brasil Avança na Igualdade de Gênero com Nova Legislação Trabalhista

Reginaldo Faria Primo
Reginaldo Faria Primo

Empresas enfrentam desafio de cumprir com transparência salarial para promover equidade no ambiente de trabalho

A igualdade de gênero no ambiente de trabalho e suas implicações econômicas tornaram-se uma questão de prioridade nacional. Recentemente, o Brasil deu um passo significativo nesta direção com a implementação da Lei nº 14.611, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, exigindo que empresas com mais de 100 funcionários preencham o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios. Esta medida visa a identificar e corrigir discrepâncias salariais entre homens e mulheres que ocupam os mesmos cargos e funções, com um prazo final para envio do relatório até 29 de fevereiro.

Além de promover a igualdade salarial, os relatórios semestrais também fornecerão informações detalhadas sobre critérios de remuneração, bem como sobre ações de promoção e contratação de mulheres nas empresas. Isso alinha-se com os dados já informados pelos empregadores no eSocial. A não conformidade com esta nova regulamentação resultará em multas significativas para as empresas, chegando a até 3% da folha de salários do empregador, limitados a 100 salários mínimos, além de outras sanções aplicáveis em casos de discriminação salarial.

A advogada Juliane Garcia de Moraes, especialista em direito trabalhista e sócia da Moraes Advocacia, comentou sobre a importância dessa legislação: “A nova lei é um marco crucial na luta contra a discriminação de gênero no ambiente de trabalho. Ela não apenas força as empresas a adotarem práticas mais justas e transparentes de remuneração, mas também serve como um lembrete de que a igualdade de gênero é fundamental para a construção de uma sociedade mais equitativa. As multas estipuladas funcionam como um incentivo poderoso para que as empresas revisem e ajustem suas políticas salariais, promovendo assim um ambiente de trabalho mais inclusivo.”

A questão da igualdade de gênero transcende o âmbito moral e ético, impactando diretamente a economia. Estudos do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional destacam que a igualdade de gênero pode promover o desenvolvimento econômico. Países que alcançam maiores níveis de equidade de gênero tendem a apresentar economias mais resilientes e inclusivas. A redução da disparidade de gênero na força de trabalho pode resultar em um aumento substancial no produto econômico, com estimativas apontando para um crescimento médio de 35% em países com alta desigualdade de gênero.

Além disso, cerca de 2,4 bilhões de mulheres em idade ativa ao redor do mundo ainda enfrentam barreiras legais e econômicas significativas, limitando sua participação econômica plena. A remoção dessas barreiras não apenas beneficia as mulheres, mas também contribui para o crescimento e a estabilidade econômica global.

“A implementação do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios no Brasil representa um avanço importante na luta pela igualdade de gênero, com potencial para influenciar positivamente tanto o ambiente de trabalho quanto a economia como um todo. À medida que empresas e governos continuam a reconhecer e agir sobre a importância da igualdade de gênero, espera-se que mais progressos sejam feitos em direção a uma sociedade mais justa e equitativa”, finaliza a advogada.

Sobre a Dra Juliane Moraes e o escritório Moraes Advocacia

A Dra. Juliane Garcia de Moraes é uma destacada advogada trabalhista com mais de 15 anos de experiência na área, tornando-se uma referência nacional, especialmente em questões ligadas à saúde no trabalho. Sua formação acadêmica é sólida, com graduação pela Fundação Eurípedes Soares da Rocha, Univem, em Marília-SP, e aprimoramento através de cursos de especialização e extensão pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e pela Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil (ESA-OAB).

Desde 2008, a Dra. Juliane dedica-se à defesa de bancários, com atuação destacada tanto em direitos individuais quanto coletivos do trabalho. Sua expertise inclui uma colaboração significativa junto à AGEBB – Associação dos Gerentes do Banco do Brasil, onde tem contribuído para a promoção e defesa dos direitos dos trabalhadores do setor bancário.

À frente do escritório Moraes Advocacia, a Dra. Juliane Garcia de Moraes e sua equipe oferecem serviços jurídicos especializados em direito trabalhista, direito trabalhista bancário, direito civil e direito digital. O escritório é reconhecido pela sua ampla experiência e pela abordagem personalizada na solução de casos, muitos dos quais de grande repercussão no cenário nacional.

Para mais informações sobre a Dra. Juliane Garcia de Moraes e o escritório Moraes Advocacia, acesse o site https://moraes-advocacia.com

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